uma flor está abrindo
a nuvem está nascendo
alguém está cantando
um passarinho está voando
quando o sol nasce
a nuvem nasce
e o meu querido rei
se chama luís sérgio
um beijo da sua querida
andrea
porque o meu querido pai
que tenho no coração
gosto muito
Filha de LSérgio
18/10/1976
Minha Alma em Poesia
Escrevo porque preciso materializar em palavras o som da minha alma e compartilhar com o mundo, o belo...
webmaster
domingo, 8 de junho de 2014
Soneto
Abutre de mim mesmo, poesia,
porque precisas ser tão dolorosa
e teimas em verter, fonte sombria,
essa verdade que arde arde e incomoda?
Roupa do meu avesso, poesia,
sombra perdida dessa luz que não encaro,
abismo, onde morto busco rimas
oposto do avesso e do amparo.
Ato com teu cordão fino de seda
meus gritos, e adio o escândalo:
só um fio guarda a entrada das gavetas.
Ao menos, parte o vidro do meu âmago
e faz voarem os bibelôs das prateleiras
de todas essas perdas, desses anos!
LSérgio
Outubro/73
porque precisas ser tão dolorosa
e teimas em verter, fonte sombria,
essa verdade que arde arde e incomoda?
Roupa do meu avesso, poesia,
sombra perdida dessa luz que não encaro,
abismo, onde morto busco rimas
oposto do avesso e do amparo.
Ato com teu cordão fino de seda
meus gritos, e adio o escândalo:
só um fio guarda a entrada das gavetas.
Ao menos, parte o vidro do meu âmago
e faz voarem os bibelôs das prateleiras
de todas essas perdas, desses anos!
LSérgio
Outubro/73
sexta-feira, 5 de abril de 2013
À MESA
Tem a fome nos ossos
cravada
enterrada
que enche de gente
a beira da porta
Tem o frio
que empurra
esfrega
mas não sai
Tem o desejo
do mundo
partido
em fatias de sol
à mesa desarrumada.
LSérgio
10.07.75
Minha mãe III
Não lhe peço
nada.
Ela dá brinquedos a varejo.
Dorme e chora
como uma criança
cansada
de tamanhabrincadeira.
Não lhe pedem.Só lhe exigemesta tal brincadeira.
sábado, 2 de junho de 2012
Depois de amanhã eu me mudo
Hoje faz frio
Nem sei porque
O inverno? Já foi um aí é primavera!
Depois de amanhã eu me mudo.
Hoje já sou o que não fui ontem.
Hoje já sou o que não fui ontem.
Amanhã serei o que não sou hoje.
Depois de amanhã eu me mudo.
Sozinho Como sempre.
Hoje eu planto esta roseira.
Adoro roseiras, mas abrindo.
Hoje eu planto e espero esta rosa.
Depois de amanhã eu me mudo.
Ninguém vale. Amanhã eu arrumo as malas.
A casa ficará vazia. Outros virão.
Nem sei quem.
Assim mesmo, eu, sem casa,
sem data,
planto está rosa.
Ainda que depois de amanhã eu me mude.
Ainda que depois de amanhã eu me mude.
LSérgio
sem data
O Grito - Edvard Munch |
Incêndio
O barco passeia
em nossa fome,
A vela se esquece
no fogo da vida
Mais além, um grito
uma classe de ratos
Meros roedores
em velhos testamentos
Mais além, uma criança
um esqueleto pontiagudo
cebola e alhos
e lágrimas refogados
O barco carrega escravos
da fome e fabrica ventos
E mais uma vela se incendeia
Contra as marés
DVentura
1985
Pintura em Tela Fora Feminina |
Incêndio de Tara Ireland |
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